sábado, 31 de maio de 2008

Em islandês significa nome de mulher



Dizem que a música e matemática são universais, ideia relativa pois para mim a matemática é pouco menos do que chinês. Em relação à música, vezes há que percebo, outras, deixo-me seguir pelos sons e menos pelas letras. Digamos que nestes casos, a música apresenta-se-me num francês de subúrbio de Paris. Talvez seja essa a beleza da música, sim, porque com a matemática a minha relação nunca foi famosa e vem à memória uma professora que tive lá prós lados do 8º ano que usava uma bata branca, farpela tão sexy que me deixou para todo o sempre afastado do mágico mundo dos números... Portanto é melhor regressar à música e à sua beleza intrínseca. O melhor exemplo que posso dar chama-se Sigur Rós, um magnífico quarteto de islandeses que têm a mania de dar concertos gratuitos aos conterrâneos e em paisagens de perder o fôlego, cenários perfeitos para o som etéreo que fazem. Têm aquilo que os especializados diriam de traços alternativos: a sua música é inqualificável, têm ar de meninos de coro ou de totós, como queiram, ar higiénico e desprovidos de temperamento tipo "estrelas rock". São a banda mais surpreendente do momento. O DVD que lançaram nos idos do Natal é um compromisso entre o som e a imagem, os acordes de guitarra, a batida de bateria, o suave acompanhamento do piano, a fineza poética do violino, as praias de areia vulcânica, os cumes de gelo e o verde dos vales, o dia que não acaba e a noite que não termina, enfim, são momentos únicos para um grupo único. Dia 23 de Junho próximo sai mais um álbum, cujo título não me atrevo a escrever. Afinal de contas, existem palavras mais difíceis do que equações.
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